sábado, 14 de dezembro de 2013

Vida, Vida e Vida

Vida, Vida e Vida

Na vida não há surpresas
A surpresa é viver e ser,
Pois a vida em si é ser e sem ser, não há nada,
Simplesmente não existe.

Voltar para trás... Sempre foi possível,
No amanhã se volta.
Tudo está igual como era antes,
Basta acordar e refazer.

Porque a vida corre por todos os cantos,
O tempo todo.
E dentre tais existem mais,
Cada qual com sua órbita.

E com tantas possibilidades
A grande diferença reside no que fazemos,
Como e porque fazemos
Com as nossas vidas.

Calaça Costa, Bruno
14/12/2013

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Cartas Para Setembro


Cartas Para Setembro

Nestas frases curtas de longas distâncias
As escrever por quaisquer circunstâncias.

Jurava ao mundo, sobretudo, a setembro,
Promessas impostas que nem me lembro.
Assim percebia que a cada dia dependia
Da alegria do momento, do vento que invento.  

De sentir mês a mês tudo o que a vida me fez
Em pleno estado de lucidez, tudo por outra vez.
Pouco a pouco rever o sol e renascer a só,
E ser: nascer, crescer, morrer.

Pois que a vida, em gozo físico, sempre se encerra
E, simples, porém mais que corpóreo, nos transmuta a uma Nova Era.


Calaça Costa, Bruno
Com as irradiações de um amigo da Nova Era...
??/09,11/2013

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

D’aquele Jeito

D’aquele Jeito

Importante é ser feliz
Mesmo que pra isso
Se chore um chafariz...

Diz-chora-ri d’aquele jeito
Jeito matreiro que abre o terreiro.

Em noite de carnaval
É sempre igual
Vai com a alegria\alegoria do outro...

Vai sentir arrependimento
Só depois de velho, sentimento.

Pior que quando acaba a novela
Acaba o sol e acaba a luz
Povo que sofre, mas acredita na cruz...

Porque quem ri, chora.
E quem chora, ainda tem muito pra rir...



Calaça Costa, Bruno
30/10/2013
31/10/2013
14/11/2013

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Engraçado

Engraçado

Engraçado, a vida não é nada engraçada.

Calaça Costa, Bruno
25/10/2013

sábado, 12 de outubro de 2013

Depois de Um Tempo

Depois de Um Tempo

Depois de um tempo o amor amadurece e a gente esquece de dizer adeus...
Depois de um tempo o olhar permanece e nos mesmos meus olhos teus...
Fugir... Para bem longe...
Sem saber ao certo para aonde... Onde isso vai chegar?
Depois de um tempo enlouquece o coração sangrar e todos esquecem que o tempo é herdeiro de Deus...
Depois de um tempo ao tempo só quer um coração para se apaixonar sem que sofra ao dizer adeus...
Ainda assim fugir... Apaixonar-sentir-amar...
Mas quem sabe o amanhã dirá
E somente o amanhã saberá...

Calaça Costa, Bruno

??/??/2013

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Luz Veloz Mente


Luz Veloz Mente

A nova semente brotou
Junto de quem nem se importou.
Uma geração inteira perdida
Vendida, colada, coagida.

Quem vai pagar as contas?
E quem vai pagar o pato?
Todos sumiram do faz de conta
Na hora de lavar os pratos.

Mas o sol nasce de novo
E o novo sempre vem.
Sempre com estorvo
Qual seja a direção do trem.

Trem esse que foi sem fumaça
E partiu ao longe sem sinal.
Levou embora toda a graça
Deixando uma vida digital?

Abastecida por pensamento, lindo!
Iludida pelo sentimento, feio!
Comoveu o seu talento, findo!
E não venceu o sofrimento, receio!

Vou logo embora que vem chegando a hora.
Feche as cortinas para mim, que o trem já vai partir.
Que a viagem assola com o tempo que demora,
Quando essas rotinas não nos permitem nem sorrir.


Calaça Costa, Bruno

04\09\2013

terça-feira, 27 de agosto de 2013

O Tudo e o Nada

O Tudo e o Nada

Cada um tem um jeito diferente de dizer a mesma coisa,
Cada um tem um sentimento diferente para sentir a mesma coisa.
Somos vários mundos unidos por um mundo,
Onde tudo não preenche o nada e apenas nada preenche o tudo...

Calaça Costa, Bruno

22\08\2013

sábado, 17 de agosto de 2013

Nossa Vida Não é Novela

Nossa Vida Não é Novela

Solidão...
No meu mundo só entra quem o roteiro permitir.
Do meu mundo faço eu... O teu, vira meu...
E quem pedir o final se preocupa demais, consigo mesmo.
Nossa vida não é novela, melhor, filme? Melhor? Vida...
Joga pra trás, e vai pra frente, quer melhor do que gente?
Assusta, suspira, grita e geme, aqui é quente.
E realmente, sinceramente? Fica doente.
É corpo e é dor, é alma mais forte que calor.
Você sente ou mente?

Vai, deixa pra trás tudo que passou.
Afinal todo mundo já errou.
O meu filme é assim: doce: dose pra esquecer.

Quem nunca mentiu? Quem nunca sentiu?
Novela? Filme? Prefiro constelação,
Porque dali eu sou, dali eu fui e dali eu vou.

No meu filme o teu eu vira meu,
Mas no teu eu sou todo teu;
Figurante, vestido, esnobe, enriquecido.
Metido, mentindo ser...
Porém nem pra tanto, vá!
Porque pior que não ser é ser sem ser...

E, além de tudo, eu preciso ser, e “preciso de ser”.
Até porque sem ninguém...
Nem haveria solidão.

Calaça Costa, Bruno
03\07\2013



terça-feira, 6 de agosto de 2013

A Carta da Morte

A Carta da Morte

Caminho por uma floresta escura,
Diante de meus olhos minha vida passa.
Algo ali me observa,
E em pouco tempo não está mais lá.

Acordo e sinto o ar...
É um pesadelo? Sinto medo...
Onde está meu pai?
Alguém aí pode me ajudar?

A madrugada sufoca minh’alma
E meu corpo não quer levantar.
Meus olhos enxergam com calma
Com muito medo de não voltar.

Será que vou tomar meu café?
E fumar outro cigarro?

O sol nasce entre o cobertor
E ali afaga pouco a pouco minha dor,
Queima meu espírito, arde minha vista,
Rasga minha pele sem qualquer pudor.

Pai...
Vai...
Diz onde estou?

Calaça Costa, Bruno

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quinta-feira, 25 de julho de 2013

Ex Aspectu Nascitur Amor


Ex Aspectu Nascitur Amor

O mundo todo gira
E a gente dança,
A vida leve mira
Num olhar de criança.

A gente brinca de esconder
Num mundo que não é nosso,
E eu busco paz para dizer
Palavras que nem posso.

Olhos que nem sei onde estão
Que gritam calados em meu coração,
Fere com flechas os dizeres
Se tudo se resume a paixão.

Sem ser assim o que mais será?
Pelo sagrado ato de se apaixonar.
Se vidas envolvidas podem retornar
E trazer à tona todo amor, mas sem amar?

O mistério não cabe na solidão
É preciso o amor compartilhar,
Em dias de glória é perdão
Façamos de tudo para reencontrar.

O infinito é o lar dos que amam
Pois amor assim renasce sem fim
E que quando acaba derramam
Toda luz necessária para florir o jardim...

Calaça Costa, Bruno
16\07\2013

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Coração-Alma

Coração-Alma

Meu coração dói e corrói chuva pelo vento,
Por fora parece bem, por dentro é lamento.
Cada sopro ante a manhã revive da fonte,
Completa-me distante, além do horizonte.

Quem sou eu senão um finito infinito?
Que de tanto brilho apagou ao anoitecer.
O que nos leva disso de tanto conflito?
Faz nem um pouco de mim e do meu ser.

É inquietante, Coração-Alma, não poder gritar,
Sentir apenas o instinto sufocante a pulsar.
Mesmo a alegria em tudo e nunca conseguir antever
E quando nada e tudo estão juntos, apenas viver...

Acalma Coração-Alma, mas vê se não deixa passar,
O tempo dura um momento quando vem a calhar.
E de tão intenso quanto o pequeno imenso do mar
Não pode nem se permitir vir a falhar.

Peço-te, Coração-Alma, calma quando a alma chora.
Não é por querer, no entanto, é no ser que implora.
Que a Alma sentida, intimida por um pouco de paz
Quando o Coração não vive mais por teus ideais...
  
Calaça Costa, Bruno
24/07/2013

terça-feira, 23 de julho de 2013

Heroína

Heroína


Heroína, que belo nome!
Tu que andas com a morte
E tiras a fome,
Tu és forte!
Esconde-se em veias,
Como uma aranha
Criando novas teias,
Será que você gosta?
De me matar...
Ou é só aposta?
Para se vingar...
Você faz parte
De toda uma arte.
Brilha para mim,
Mostra-me o fim...
Quando quero se esconde
E voa pra bem longe.
Mas, para onde? 

Calaça Costa, Bruno
??/09/2006

sexta-feira, 19 de julho de 2013

Moço

Moço

Eu sou moço desprotegido e preciso de proteção
Alguém aí tem lugar pra um PUTO POBRE PECADOR POETA morar?
Eu posso te contar histórias, e te fazer vivê-las...
E se não estiver contente invento mil maneiras.

Mas, confie em mim, eu não sou tão ruim
Ainda consigo disfarçar em frases sem fim...
Ousaria todo dia a te divertir
Porque rimar é mais fácil que mentir.

Tão bom quanto dois corpos que se encontram,
Que calor humano faz até novas vidas.
E disso todo mundo sabe,
Agora só precisamos reagir...

Então, onde está a moradia? O aconchego?
Também sou humano, ninguém viu?

Acho que não volta mais...


Bruno Corussey
??/??/08

quinta-feira, 18 de julho de 2013

Choro e Vela


Choro e Vela

Hoje o sol nasceu e sorriu, se pôs e dormiu
Tudo estava vazio, frio e sombrio
Eu, criança sem lar, passeando devagar
A olhar e vagar pelo espaço que nem sei se é meu

Choros e velas... É vida passageira, tudo passageiro
Passa entre detalhes mal percebidos e faz vulgar
Andam destemidos pela rua, mas é choro e vela
Repetição ausente onde tudo se faz: choro e vela.

Subi, andei, caminhei, por entre, por onde?
Fiz! O que quis, o que fiz, o que farei...
Não escondi, dormi e me esqueci de rir
Só me lembrei de gargalhar...

O sol voltou mais rápido que a luz
Ofuscou toda a verdade de mentirinha
E tratou logo de impor o óbvio
Era apenas noite.

E de noite ninguém sente, só dorme
Vai até além, vai pra lá, por ali, por onde?
Nem sabe se foi e quando volta não quer voltar
Mas a vida é num piscar de olhos...

E quando acaba...
Choro e vela.

Calaça Costa, Bruno
18/07/13

terça-feira, 16 de julho de 2013

Rosa Linda


Rosa Linda

A Rosa Linda mudou
E todo mundo parou
Para anunciar seu nome.

Um povo com fome
De coração nômade
Fez questão e anunciou.

Gritos, correria! É notícia.
Alguém se importou
Com Rosa Linda Fictícia?

Por acaso alguém lembrou:
- Rosa, Rosa Linda de quê?
- É gente que nem a gente? Calou!

- Deixa a Rosa em paz.
Ainda falou mero capataz.
E pouco a pouco sossegou...

Rosa Linda, mais bonita que outra.
Encanto, canto, entre tanto apaixonar...
- Mentiras. Disse quem blasfemou, outrora...

Porque a Rosa Linda não fala, mas sente dor.
Encanta, canta, entre tanta gente falsa.
E és apenas uma Flor...


Calaça Costa, Bruno
03\07\2013

sexta-feira, 12 de julho de 2013

Homem Moderno

Homem Moderno

O Homem Moderno faz de tudo pelo seu amor,
Mas se esquece do principal: Amar.

Calaça Costa, Bruno
11\07\2013

terça-feira, 2 de julho de 2013

Amor e Ódio


Amor e ódio

Quando tudo de bom
Morre dentro de mim,
Eu corro pra longe
Buscando outro horizonte...

Que há tempos se perdem
Por pensamentos,
Nulos pelo espaço.
Ainda há esperança?

Já não sei se me pertenço
Quero e preciso de alguém,
Que seja muito forte
Tão forte quanto eu.

Demorou e custou
E aprendi que pessoas
Não se podem ter,
Que todos são livres.

Logo o amor escravizar?
Tão justo e belo amor...
Quanta confusão em mim
E em todos ao meu redor.

Quanto custa viver?
E quanto custa um amor?
Se existe vida sem amor
Não existe nada...

E o que é essa dor
Que insiste em nos deixar triste?
Esse não é o amor
Que dizem que existe.

Por que vergonha do amor?
A palavra que tanto afeta
Para o bem e para o mal,
Se só no amor há resposta.

Mas, qual amor?
Qual tamanho, tipo, número e cor?

Calaça Costa, Bruno
24\12\2007

sábado, 25 de maio de 2013

Poemeto-me

Poemeto-me

Não sou nada se comparado ao tudo.
Não sou ninguém se comparado a todos.
Mas sou a soma, se comparado ao resultado...


Calaça Costa, Bruno
??\05\2013

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Sonho


Sonho

Eu tenho um sonho
Sonho bonito.
Que quando acordo
Estou dormindo.

Sonho levezinho
Bem devagarzinho.
Sonho acordado
Que estou dormindo.

Sonho alto
E canto nuvens
De algodão barato
Feito de ferrugens...

E o encanto? Se perdeu?
Não, ele é todinho meu!
E o sonho, sonho só.
Sozinho com eu.

Eu tenho sonho
Sonho de cantar.
Acredito no suponho
Que isso me faz sonhar.

Sonho todo dia
O dia feito assim.
Sonho com mar... Ah!
Amar!

Não acordo,
Todo dia já estou.
Deixa vai, sonhar?
No sonho eu sou.

E no soninho devagar
Fico sozinho em mim.
Que sei que quando acordar
O sonho volta a dormir...

Bruno Calaça Costa
20\05\2013

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Memória

Memória 

Eu tenho tanto para te contar
De como tudo afundou de repente.
Algum tempo atrás nada era ilusão
Eu quase podia tocar no que sonhava.

Mas... Está tão longe agora
Tão distante de tudo que era meu.
Parece estar onde eu estava
Quase fora de mim.

Aqueles velhos planos em minha memória
Costumam me conturbar nas noites.
E eu não sei o que fazer
Eu apenas acordo e me recordo.

Tudo foi embora, e agora o que restou?
Eu quero levantar e voltar atrás
Mas, lá fora tudo mudou
E participamos disso tudo.

Eu queria conselhos de um homem mais velho
Só que tenho muito medo de ser esse homem.
Eu mal sei o que sou, no que me transformei
E quando menos esperei, o sonho acabou...

Podia o dia ser, nascer de alegria
Riria dessa melancolia.
Voltaria a sorrir
Como antes... 



Bruno Calaça Costa
28/06/07

segunda-feira, 8 de abril de 2013

Poemeto à Saudade

Poemeto à Saudade 

No fim, ele só queria um abraço sincero que preenchesse esse estranho vazio sem lógica e sem nenhuma razão...
Engraçado como aquele vazio o devorara, mas ele sabia que viria outro dia e que daria a volta por cima e sem passar por cima de ninguém...
Ah! E aqueles abraços mágicos, vindo daqueles braços trágicos que só Deus soube desenhar...
Deixa voltar vai? A felicidade fica bem aqui nesse lugar. 


Bruno Calaça Costa
26\12\2012

sexta-feira, 22 de março de 2013

Canta Que Encanta o Seu Amor


Canta Que Encanta o Seu Amor

Cantos os intensos encantos de sua voz,
Canta que encanta minh’alma feroz.
Traz paz em fervor... Renasce no amor...

Lembrança de quem fazia sonhar
Àquela criança que mal sabia chorar,
E em notas fez toda a vida se desenhar.
Desfazem de favor... Dilacerando em clamor...

Canta, canta que isso encanta a fé,
Canta e agiganta a sua Alma-Mulher.
Traduz o seu louvor... Olvida ao temor...  

Crê que o canto canta a tua calma,
Então canta e encanta a sua alma,
Declama-a infinita em sua palma
E ama àquele a quem nunca amou...


Bruno Calaça Costa
22/03/2013

quarta-feira, 13 de março de 2013

Pressa


Pressa

Pressa, a pior inimiga viva,
Íntima que se diga, quando amiga.
Alinha a vida a correr preocupada
Esconde-se por de trás quando zangada.
Permanece calada, sem ser amada.
Lida com a vida, leva à morte.
Se procurada encontrada por sorte
Almejada insistente em ser forte.
Levada, leva para a morte...
Braços fortes, diga-se de passagem,
De pressa dizer que é coragem
Expressar uma aventura sem viagem...
Depressa! Que já despertou,
Pois o tempo se esgotou
E o sono da vida acabou.


Bruno Calaça Costa
13/03/2013