quinta-feira, 18 de julho de 2013

Choro e Vela


Choro e Vela

Hoje o sol nasceu e sorriu, se pôs e dormiu
Tudo estava vazio, frio e sombrio
Eu, criança sem lar, passeando devagar
A olhar e vagar pelo espaço que nem sei se é meu

Choros e velas... É vida passageira, tudo passageiro
Passa entre detalhes mal percebidos e faz vulgar
Andam destemidos pela rua, mas é choro e vela
Repetição ausente onde tudo se faz: choro e vela.

Subi, andei, caminhei, por entre, por onde?
Fiz! O que quis, o que fiz, o que farei...
Não escondi, dormi e me esqueci de rir
Só me lembrei de gargalhar...

O sol voltou mais rápido que a luz
Ofuscou toda a verdade de mentirinha
E tratou logo de impor o óbvio
Era apenas noite.

E de noite ninguém sente, só dorme
Vai até além, vai pra lá, por ali, por onde?
Nem sabe se foi e quando volta não quer voltar
Mas a vida é num piscar de olhos...

E quando acaba...
Choro e vela.

Calaça Costa, Bruno
18/07/13

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