Coração-Alma
Meu coração dói e corrói chuva pelo vento,
Por fora parece bem, por dentro é lamento.
Cada sopro ante a manhã revive da fonte,
Completa-me distante, além do horizonte.
Quem sou eu senão um finito infinito?
Que de tanto brilho apagou ao anoitecer.
O que nos leva disso de tanto conflito?
Faz nem um pouco de mim e do meu ser.
É inquietante, Coração-Alma, não poder gritar,
Sentir apenas o instinto sufocante a pulsar.
Mesmo a alegria em tudo e nunca conseguir antever
E quando nada e tudo estão juntos, apenas viver...
Acalma Coração-Alma, mas vê se não deixa passar,
O tempo dura um momento quando vem a calhar.
E de tão intenso quanto o pequeno imenso do mar
Não pode nem se permitir vir a falhar.
Peço-te, Coração-Alma, calma quando a alma chora.
Não é por querer, no entanto, é no ser que implora.
Que a Alma sentida, intimida por um pouco de paz
Quando o Coração não vive mais por teus ideais...
Calaça Costa, Bruno
24/07/2013
Nenhum comentário:
Postar um comentário