Vivo-Morto
O ponteiro do relógio parou
E o seu mundo letal se deteve.
Estava ali para contar histórias,
Mas nem a solidão acompanhou.
Era a tal da síndrome,
Síndrome do vivo-morto.
O cachorro que não lambe
E não ataca a mais ninguém.
O princípio da sua liberdade
Estava no ferimento de si.
Para que o novo comece,
Deve-se acabar com o que existe.
Meio-sorriso para todos,
Apenas para não ter de explicar.
O diagnóstico foi lançado,
Só que não há cura para o mal.
Alma animal, criadora de sentimentos,
Faz pouco tempo esta condição.
Não é preciso que lhe mate,
Era fruto da vida e da morte.
Só estava ali esperando um cometa,
Uma carona na imperfeição.
Porque se vivo já estava morto
A morte lhe traria à Vida.
Calaça Costa, Bruno
07/08/2016
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