terça-feira, 2 de agosto de 2016

Novas Cores

Novas Cores

Eu era o motivo do teu sorriso lúcido,
Mas tive de pagar por isto se apagar
Dentro de um tempo que fez o último
Momento, que lembro, fugir devagar.

As canções de amor não fazem sentido
Se não ferir por dentro, nos desiludindo,
Transformando o ser, relutado à voz interior
Reinterpretando a todo instante o significado da dor.

Tamanha insignificância aperta o coração,
Não queremos sujar o templo do amor.
Mesmo que essa guerra sufoque a razão
Deixando tudo de lado friamente ao furor.

Que assim, no desespero de um esquecimento renascem as histórias
Refeitas por cinzas e flores, das quais se passam muitos amores
E alguns não se deixam passar, pois nesses duelos se buscam vitórias.
E dentre aquelas que fincam as dores, a vida cria para cada sentir:

Novas cores, novos sentidos,
Novas dores, novos amigos,
Novas flores, novos ruídos,
Novos ardores, novos perigos...

Eu permito que cada cor signifique um sentimento
E que cada sentimento possa colorir qualquer ferida,
E sempre que estiver a beira do esquecimento
Surja uma nova dádiva de cor que preencha a minha vida.

Calaça Costa, Bruno
02/08/2016

Um comentário:

  1. Que lindo esse poema e muito profundo para quem possa entendê-lo.
    Regina.

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