quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Domingo Vazio

Domingo Vazio 

Um domingo vazio
Em sorte um desafio
Faz frio sem mimo
Sozinho na sala...

Buscando companhia
Para fugir daquela rotina
Apertando a campainha
De qualquer casa...

Parece até sombrio
Passar o dia sóbrio
Como um menino
Sem qualquer fala...

Quem sabe uma Maria
Que sempre sorria
Ela entenderia
Nossa longa estrada...

Olha que domingo triste
Nem parece que existe
Do meu lado a solidão
Torna-me escravidão...

Senta aqui do meu lado
Algum anjo do bem
Deixe-me ocupado
Que te deixarei também... 



Bruno Calaça Costa
23/07/2007-2012

terça-feira, 27 de novembro de 2012

O Silêncio e a Solidão

O silêncio e a solidão 

Quando o silêncio e a solidão se encontram
Tudo parece finalmente se acalmar
E os gritos mais sombrios eu posso escutar.
Vejo o tempo passando devagar
Por dentre as estrelas a nos observar. 

Quando o silêncio da solidão vier 
Eu vou buscar lembrança qualquer 
E delas vou viver até tudo passar. 
A solidão vai embora devagar 
Bem diferente de quando veio me buscar. 

Quando o silêncio da solidão vir me ferir 
Deixando-me confuso e em perigo 
Dele farei meu amigo para sorrir. 
Acolhendo a solidão em meu abrigo 
Como a única que pode me ouvir. 

Quando o silêncio da solidão se cansar 
E for embora para o seu lar 
Com quem ficarei para conversar? 
Se ela que me entendia 
E todo dia vinha me visitar. 


Bruno Calaça Costa 
30/04/2008

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Por um Triz

Por Um Triz

O meu coração veio bater
Depois de um ano e meio
E me fez entender, mais uma vez,
O porquê do amor.

Coragem para quem sabe amar
E mais ainda para quem sabe perdoar.
O mundo passou a ser meu
Quando aprendi a amar.

Ilusão ruim pensar nunca ter fim
Quando tudo está inesquecível
E que nada pode nos abalar
Mas, o tempo passa...

E sempre deixa uma cicatriz
Feliz ou infeliz
Que marca toda uma vida
Apenas por um triz.

Sim, apenas por um triz,
Fiz até o que não quis,
Feito cena de atriz,
Meti o meu nariz,

E fui feliz... 



Bruno Calaça Costa
??/??/07

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Senhora do Destino

Senhora do Destino 

Uma senhora anda na rua.
Porém, do que está a procura?
Passos lentos, um pouco insegura
Numa noite fria e obscura.

Assustada com qualquer barulho.
O que lhe traz esse infortúnio?
Serão marginais sem abrigo?
Ou encontro com um inimigo?

Estará atrás de seu filho?
Ou será filha velha fugindo?
O que te trás esta falta de paz?
Se tantos nem a querem mais.

Vivendo em completo absurdo
Criado pelos filhos do mundo.
Onde essa hora tudo é imundo
E esperar pouco é esperar muito!

Essa senhora sem destino sumiu
Seria um anjo que se omitiu?
Assim eu a vi e quando passou,
Saudades sem fim de quem a levou...

Bruno Calaça Costa 
08/05/08

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Vinte e Quatro

Vinte e Quatro 

Quando a dor torna-se real
Ah! Meros devaneios... Não!
Dói até a solidão.
Alguém falou como tinha que ser?
Eu apenas fui...

Preciso de ajuda,
A tristeza já não está mais de brincadeira
E o profeta se foi...
Assim como eu, ele se perdeu?

Isso prova o meu egoísmo
Tanta coisa pior e eu aqui.
Só que aqui de baixo é complicado enxergar...

Vejo linhas, que são linhas de anzóis,
Que me buscam dentre os sóis.

Mas continuo vagamente sendo eu...



Bruno Calaça Costa
01/11/2012

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Grunge

Grunge 

Já não havia nada para dizer,
A roupa suja não deixava esconder.
O que eu tinha em minhas mãos
Não era só uma guitarra e sim a minha vida.

Que soava como o acorde, passava por várias casas,
Quebrava-se fácil e dificilmente era concertada.
O que tenho de importante está cravado em mim
Como um sonho que parece ser infinito.

Mas quem se importaria com o que eu queria?
Quem me diria o que eu seria?
Quem leria livros para mim todo o dia?
Quem neste mundo realmente se importaria?

Quero ser alguém, alguém que eu não sei como é.
Gostaria de me entender como ninguém ousou tentar
Para, enfim, poder dormir em paz.
E ver que tudo ao meu redor está tranquilo

Como numa manhã de inverno... 



Bruno Costa
26/06/06

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Simplório


Simplório 

Gastou seu último suspiro 
Sem separar as sílabas. 
Foram lágrimas de vidro 
Para esconder o seu amor. 

Por que se esconder? 
Se o último golpe 
Ainda nem aconteceu... 

Com os olhos voltados para barriga 
É mais complicado amar. 
Mas, e depois qual será a outra lição? 
Se isso vai depender do seu próximo passo... 

Somos tão singelos podendo ser mais.

Posso ser seu cúmplice quando o navio afundar 
E não te culparei por nada improvável... 


Bruno Calaça Costa
??/??/06

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Uma Embarcação Distante

Uma Embarcação Distante 

Numa embarcação distante
Navega a só apenas um navio
Trazendo a si um belo desafio.
A sua borda um olhar marcante...

Em sua volta um mar inquietante
Lá dentro, com medo, seus companheiros
Amigos de infância rotineiros
Mas, em luta apenas seu comandante.

As ondas comandadas pelos ventos
O comandante comandando seus amigos.
Desafiando seus próprios pensamentos
Liderando a todos por instinto.

Segue a embarcação, perdida em um agitado coração.
Que navega sem direção e os leva a perdição.
O mar enfim irá os levar ou será alguma maldição?
O mar que os ensinou a amar vai agora lhes dar traição?

...

Aquele homem sem nome não quis acreditar
E em seu olhar todos viam a luta aumentar.
Rodava seu mastro para lá e para cá
Sem previsões de erros enxergava o mar acalmar.

A tempestade mais crua que se via enfrentar
Seu suor se espalhava por todo lugar.
Quando o mar sentiu água de sua água
Num pequeno instante o gosto amargar.

E de repente, em meio àquele ocorrente...
Águas vermelhas a brotar, sangue veio encontrar.
E comovente como era de ser e estar
Deparou-se com algo que ninguém nunca pode lhe dar.

O mar acalmou, porém notou, algo mudou!
Das pessoas que ali estavam uma ele levou...
Com quem tanto lutou, o mar, agora arrependido, ganhou.
E por aquelas pessoas, apenas chorou.

...

A pequena chuva canta uma música muda
E o mar carrega aquela alma absurda
E o leva para fazer uma curiosa pergunta
Das que não se fazem em morte alguma:

- Por que alma de um tão bravo homem
Trocou sua preciosa vida pelas de covardes cem?

A alma, então livre, responde:

- Em toda minha vida nunca tive sequer uma pessoas querida
E todas aquelas pessoas tinham, inclusive, família.
Eu nunca senti por elas apego, amizade ou amor
Fui escravo de uma história da qual ninguém se importou.

- Mas, agora que vou espero que tenham compreendido
O homem que os deixou não está arrependido
Só quis lhes dar algo verdadeiro à troca de tantos favores
E maior alegria foi rumar em ti, doce mar, único ao qual pude verdadeiramente amar...



Bruno Calaça Costa
08/05/2008
08/10/2012

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Mais ao Menos

Mais ao Menos

A vida passa em segundos
Revelando por si absurdos.
Coragem seguir nesse mundo
Sem se queixar de ninguém
Assim arriscando tudo...

Tem horas que estou perdido  
Sem razão e sem sentido.
Seguindo apenas a intuição
E o destino.

Rente uma lagoa rasa
Salteado salto de ponta
Sentindo a escuridão e o desafio
Que deixou afronta
Em seguir o caminho.

Tanto a folha que rasga em meus ouvidos,
Tanto a escuridão que queima meus olhos,
Quanto tudo que entorpece meus sentidos,
Pois a vida em si gasta o meu corpo...

Estou alheio a tudo isso
Se o sentido que digo se perde em linhas tortas.
Pois o vinho que me torna
Faz incompatível minh’alma.

Então busco a paz em palavras
Que ao menos, me deixam feliz.

Ao menos um instante...
Ao menos uma fuga...
Ao menos uma vida...
Ao menos uma razão...


Bruno Costa
26/04/09

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

The Sky (O Céu)

The Sky (O céu) 

Existe um segredo atrás das nuvens
E só você poderá desvendá-lo
Existe um paraíso naquele céu
Onde não se chora por promessas.

Eu sinto a dor
Sou apenas um aprendiz
Dúvidas do meu céu
Desenho entre as estrelas.

Surge uma fonte
De razões e juventude
Que movimenta um monte
Para quem se ilude.

Quero uma nave que me leve
E que me traga de volta
Quero te avisar, amigo.
Das verdades e mentiras.

Daqui de baixo
Há um peso no céu
Não posso senti-lo
Sem antes estar lá.

O céu está brilhando
Eu sei que você sente
Também fui assim
Numa estação passada.

Percorri milhas e milhas
Distante daqui
Até que, enfim, descobri...
Um lugar melhor para mim.

A resposta está a um palmo do meu nariz
A dor existe, sou um aprendiz
Me disseram que lá em cima
A dor não existe.

Sou estranho e complicado, eu sei.
Todo mundo já errou
Olhe para o céu
Ele também foi assim.


Bruno Costa
11/12/2006

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Triste Flor, Triste Dia


Triste Flor, Triste Dia 

Triste flor, sozinha e empoeirada. 
O sol, já não quer nada. 
Quase nunca é regada 
E o vento mal agrada. 
Triste flor, sozinha e mal amada. 
Amigas ao lado não falam, 
Verdes e imensas, 
Mal se mexem. 
Triste flor, sozinha e calada. 
As nuvens que passam 
Mal sabem de onde veio. 
Triste flor, triste dia, 
Cruel dor que irradia, 
Sem amor, mal crescia, 
Triste flor, triste dia. 

Bruno Costa
??/??/05

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Vidas por Palavras


Vidas por Palavras

Quantos dariam suas vidas?

Quantos morreriam por alguém?
Quantos cicatrizariam as feridas?
Quantos viveriam pelo bem?

Pergunto-te palavra
Diga calada que você entende,
Diferentemente dessa gente,
Com seu sangue tinta.

Não manche seus papéis
Pois ambos precisamos.
Traga o que necessito
Que posso até viver aqui.

Você daria sua vida palavra?
Você morreria por mim?
Você se livraria de mim?
Dependo de você agora!

Eu gosto de você
Razoavelmente me deixa bem.
Só não digas nunca por mim,
Deixe-me ir além...


Bruno Costa
??/??/??

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Olha’li


Olha’li 

É invertida, por assim dizer, essa fase da vida
Que entendida, torna-se ainda mais divertida.
Nós rimos de tanto chorar nos mimos de se amar
Em limos de massacrar, mas que logo vem afagar.

Há uma proeminência angelical em sua aparência,
Depois de passada à infância estás em efervescência!
Não sei se sou eu, ou se somos nós,
Mas que dá angústia só de estarmos a sós.

E aqui estas palavras que tanto dizem nada
Não sabem nem o que passei com esta proclamada.
Pobres coitadas! Se conhecessem minha amada,
Correriam salteadas, descaradas à apaixonada.

Não sabem nada do meu ser, salvo, quando as proclamo.
Fundem-se ao me entender e entendem que eu as chamo.
E é por através destas, queridas culpadas, que clamo:
Volta cá, vem para mim, corre aqui, porque te amo!


Bruno Costa
18-31/05/2012

terça-feira, 4 de setembro de 2012

A Crônica do Meu Querido Diário de Uma Crônica Segunda-Feira



Querido Diário,

Acredito que poucas pessoas cheguem até aqui, então, faço-me de ator e plateia, demonstrando o quão iguais são estes parágrafos letrados à vida existente. Veja só, muitos leem apenas o inicio de um texto, assim como muitos desfalecem cedo da tal existência. Muitos vão até o meio sorrateiramente, e, consequentemente, levam a vida pelos mesmos meios. Outros poucos, leem tudo de uma maneira eficiente transpondo assim a sua existência real.

Mas, diga-se de passagem, isso não importa.

Eu, como alguns, acordo cedo com um apito de um trem, como se estivesse a se chocar com minha mente, corpo e alma, 05:45, o galo acorda e o trabalhador junto. Às 06:00 é hora de partir, mas o mesmo trem que me acordou não está me esperando, sendo assim, vou ao seu encontro caminhando, semanalmente e matinalmente, onde desembarco de minhas próprias pernas para entrar em um vagão sujo, imundo e sufocante chamado ônibus.

Para ter mais exatidão, estamos em 2012, Sobradinho, Brasília, Brasil, América do Sul e por aí vai.

O seu tempo é lógico e bastardo, são 40 minutos até a capital, sonho, isso sim seria um sonho. Mas o verdadeiro pesadelo estava por começar, chamam de trânsito, neste mundo. Os veículos param, brigam, rosnam, ultrapassam, animais ferozes em estradas feitas para brigarem, um verdadeiro “ring” de luta livre, de pesos penas a pesos pesados, motos, caminhões, de tudo um pouco, essa luta é feroz, tanto fora, quanto dentro.

De repente, ao relinchar do sujismundo, um peso pesado contra outro peso pesado se chocam, batendo a traseira no vidro frontal e cacos por todos os lados.

Quem teve a ideia absurda de renovar o “ring” em plena campanha eleitoral e nos horários da luta. Uau! Quanta tolice, assim o espetáculo estava completo, agora está claro.

A plateia estava presente e todos viram o pequeno impacto surge, talvez, profundamente falando, para acordar aqueles que não pensam. E afinal, quem consegue pensar com tanto sufoco ao mesmo tempo?

Não há espaço, não há tempo, não há união. Por outro lado, sobram ataques, humilhações e ofensas.

Mas, está tudo bem, todos descem e vão à outra parada, porque a parada tem um nome significante para os que ali aguardam o caixote pesado com rodas.

Às 6:55 vem outra caixa, mas não nocauteada, nova, vinda de outros cantos, pertos, mas também desiguais. Subam todos que já estamos partindo, diz no filme, mas neste mundo paralelo, estamos partindo antes que subam.

Novamente estamos exprimidos/oprimidos, eles são inteligentes, nós não. Há algo errado, mas não eu. Eu apenas trabalho e estudo para ser alguém no futuro, levando em media 10 anos para dobrar o meu dinheiro e ter um caixote mais confortável, com rodas melhores e sem ninguém para se espremer em mim, pois mais parece um ataque sexual rotineiro.

Como sou egoísta! Eu não pensava assim 10 anos atrás. Acho que esse caixote não me faz bem. Mas, não estou errado, quem está errado é o governo e vou falar mal dele até um dia ele me escutar.

Vou dizer que o governo é corrupto e que rouba o meu dinheiro e que eu sou certo, trabalho, estudo e falo mal do governo.

Mas isso também não importa.

Ele segue o seu caminho, assim como eu estou apenas seguindo o meu, ele não tem culpa, assim como eu também não tenho. Então a culpa é de quem? Não sei, não quero saber e não tenho raiva de quem sabe. Está bem, chega de sarcasmo e ironia, tenho um sentimento estranho por esse caixote com rodas

Alguém é mais inteligente do que a gente e será que ninguém vê? Trapaça pode não ter graça, mas para quem tem o tic tic, meu bem, é uma desgraça.

Esse é o meu mundo suburbano sem flores. Que mundinho paralelo e cinza esse, não? Sim.

Bom, na verdade, nada disso importa.

E apesar de tudo isso tomar cerca de 70% do meu tempo há algo bem melhor por de trás disso tudo. É eu ter a certeza que no meu jardim existem belas flores e especificamente há uma flor indescritível que me faz bem e que me deixa muito feliz. E só de saber que meu jardim está longe desse “ring suburbano medíocre e cafajeste” fico mais contente ainda.

A minha flor está quase sempre em casa e o seu sorriso me ilumina para enfrentar o outro dia, e que dia. Ufa! Essa caixa ainda me mata.

Há ainda muita história para contar, mas os meus 30% de tempo esgotam-se logo mais e estou sem minha flor aqui para me apoiar. Ah, mas eles ainda me pagam.



Bruno Costa
03/09/2012

sábado, 30 de junho de 2012

Uma Dúzia

Uma Dúzia

Eu quero minha Dúzia meu amor
À meia-noite sem falta alguma
Me entregue seu corpo e calor
E que toda tristeza vá e suma

A Dúzia tão linda quanto luz
Tão graciosa quanto à lua
Perfeita como corpos nus
Mas, a alma é apenas tua

Queria eu dividir tudo
Mas, sou pobre mundo
Um tanto vagabundo
Que te contempla mudo

Eu tenho apenas finitas palavras
E todas, todinhas para Dúzia
Que é o meu grande amor
Única Dúzia, uma flor...



Bruno Costa
18/6/2007

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Fotografias

Fotografias

Fotografias recortadas, palavras inventadas
E um velho passado guardado.
Estradas com curvas apagadas
E um coração acabado.

Recordações de uma primavera
Abastecida por tristes flores.
Ouvi rumores de uma era
Em que não existiam cores.

E tudo se transformou,
Um mundo desbotou.
Mas, as velhas fotografias
Não enganam a mais ninguém.

O monte desmoronou,
Lágrimas brotaram do nosso rosto,
Fantasias de um mundo doce e infinito,
Posto de um jeito de um gosto.

Diferentes, cruéis e desinibidos
Se entregando a desconhecidos,
Que se relembram e matam por prazer,
Que mentem a esquecidos.

Sobre o que foi viver. Sobreviver...

Bruno Costa
??/??/05

quinta-feira, 7 de junho de 2012

Anjos Não Podem Se Apaixonar

Anjos Não Podem Se Apaixonar 

Eu me apaixonei por um anjo
E os anjos não podem se apaixonar
Ela não tem asas e nem uma aureola
Mas, sempre à noite eu a vejo voar.

Eu estava tão só a ponto de me matar
Quando ela apareceu para me falar
Que a vida não é vida sem se amar
Ela me ensinou tudo o que eu já sabia.

Ela disse que sempre me amaria
Eu sei que ela não quis mentir
Havia um brilho muito forte em seus olhar
Tudo o que ela sentiu eu pude sentir.

E num piscar de olhos
Eu a vejo sumir...

Sorriso transformou-se em lágrimas
Gratidão em ingratidão
E todo o amor que restou em mim...
Guardo para o dia que reencontrá-la...

E assim retribuirei todo o amor que ela me deu
Guardarei o seu coração dentro do meu!



Bruno Costa
??/??/05

quinta-feira, 31 de maio de 2012

Confetes e Serpentinas

Confetes e Serpentinas

Ah! Tu hás de entender, assim como eu hei de explicar.
Que circunstâncias tão serenas nossas vidas estão a tomar
Volta e meia fazendo uma situação fácil à ação de dificultar
Seria um prazer mediato se não nos tornasse dúvidas amar

Golpeiam a todos os cantos como cantos de corais
Ludibriando à vontade sã de meros egoístas mortais
A quem pertence essa vontade de querer rumar sempre mais?
Provável que por onde andas a fonte que esconde destinos tais

A retina morada íntima de toda uma história repentina
Repete-se de menino a menina carregando em si a sina
Que seja de boa vivência a tudo o que lhe destinas
Provas que o que fazes são confetes de serpentinas  

Mira o mirante, atravessa rasante e sem direção
Despolua a mente, o espírito, o corpo, e o coração
Vem se faz de Santa e faz dessa vida de contradição  
Traz a paz nesse mundo mito com toda tua bendição

Não esquece, porém, que, um dia a volta se apaga
E não se lembrará de nenhuma receita doce ou amarga
Far-se-á novos bolos de confusão que nada paga
Adiante haverá sempre de enfrentar mesma jornada, longa

Para não remediar haverá sempre alguma lembrança
Que não move montanha, entretanto, há semelhança
Porquanto recordará que algures ferias como lança
Feito o que era feito perceberá sobre por que mudança

Se persuadirdes muitos advertes ao bem-querer
Se enganares por demais, adendo que tenha a merecer
Tudo o que buscastes, obra-prima, fostes ao seu colher
Assim como tudo o que fizestes, fostes por merecer
 

Bruno Costa     
16/05/2012

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Chora e chora


Chora e chora

Chora minha querida, chora meu amor
Chora a sua ferida que acaba sua dor
Chora aqui na Terra, chora lá no Céu
Chora pequenina com o Anjo Gabriel

Chora aqui de cima, chora lá de baixo
Chora e não cisma se chorar um riacho
Chora de alegria, chora de paixão
Chora todo dia pra não morrer de solidão

Chora Lá cantando e chora Dó sorrindo
Chora pra mostrar que o mundo inteiro é lindo
Chora pra sarar, chora que vai chover
Chora que chorar é bom e faz crescer

Chora na igreja, chora pra sorrir
Chora e boceja pra poder ir dormir
Chora sem medo e chora devagar
Chora em segredo de quem quer chorar

Chora bem assim de choramingar
Chora até o fim que eu também quero chorar
Chora à noite escura, chora sem parar
Chora a amargura pra poder alegrar

Chora de mentira, chora de verdade
Chora de alegria sem contar a sua idade
Chora de repente, chora por quem te amou
Chora por essa gente que um dia já chorou


Bruno Costa
14/05/2012

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Entretanto, dentre tantos


Entretanto, dentre tantos

Coração estilhaçado em mil pedaços
Almejando receber algo qualquer,
Àqueloutra que me pede tantos abraços
Esperando na voz ser uma mulher.

Atrela os sentidos e lhes dá em nó
Sem causa, agindo somente por si só.
Entretanto, dentre tantos encantos, fui eu
O próprio falaz que, de tal maneira, cedeu

Discorrias a tantas machucadas
Abafadas, lanhadas e enfileiradas
Por dentre infindáveis anseios
Em procura por outros meios

Foi partido assim que Coração articulou
Em melodia grave e rufar selvagem
Enfadou-se ao dia e a noite se esbofeteou.
Buscou, sonhou e lutou... Que coragem!

Porém, arremate, ninguém o amou...


Bruno Costa
14/05/2012

sexta-feira, 27 de abril de 2012

Poemeto à Percepção Vivencial



 Poemeto à Percepção Vivencial

Estudando com seriedade, percebi que entendia melhor o mundo.
Trabalhando com dedicação, percebi que o mundo me entendia.
Orando em veracidade, percebi o quão tudo há de ser profundo.
E descansando quando merecia, percebi o verdadeiro sentido da alegria.

Bruno Calaça Costa    
25/04/2012