quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Grunge

Grunge 

Já não havia nada para dizer,
A roupa suja não deixava esconder.
O que eu tinha em minhas mãos
Não era só uma guitarra e sim a minha vida.

Que soava como o acorde, passava por várias casas,
Quebrava-se fácil e dificilmente era concertada.
O que tenho de importante está cravado em mim
Como um sonho que parece ser infinito.

Mas quem se importaria com o que eu queria?
Quem me diria o que eu seria?
Quem leria livros para mim todo o dia?
Quem neste mundo realmente se importaria?

Quero ser alguém, alguém que eu não sei como é.
Gostaria de me entender como ninguém ousou tentar
Para, enfim, poder dormir em paz.
E ver que tudo ao meu redor está tranquilo

Como numa manhã de inverno... 



Bruno Costa
26/06/06

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