quinta-feira, 31 de maio de 2012

Confetes e Serpentinas

Confetes e Serpentinas

Ah! Tu hás de entender, assim como eu hei de explicar.
Que circunstâncias tão serenas nossas vidas estão a tomar
Volta e meia fazendo uma situação fácil à ação de dificultar
Seria um prazer mediato se não nos tornasse dúvidas amar

Golpeiam a todos os cantos como cantos de corais
Ludibriando à vontade sã de meros egoístas mortais
A quem pertence essa vontade de querer rumar sempre mais?
Provável que por onde andas a fonte que esconde destinos tais

A retina morada íntima de toda uma história repentina
Repete-se de menino a menina carregando em si a sina
Que seja de boa vivência a tudo o que lhe destinas
Provas que o que fazes são confetes de serpentinas  

Mira o mirante, atravessa rasante e sem direção
Despolua a mente, o espírito, o corpo, e o coração
Vem se faz de Santa e faz dessa vida de contradição  
Traz a paz nesse mundo mito com toda tua bendição

Não esquece, porém, que, um dia a volta se apaga
E não se lembrará de nenhuma receita doce ou amarga
Far-se-á novos bolos de confusão que nada paga
Adiante haverá sempre de enfrentar mesma jornada, longa

Para não remediar haverá sempre alguma lembrança
Que não move montanha, entretanto, há semelhança
Porquanto recordará que algures ferias como lança
Feito o que era feito perceberá sobre por que mudança

Se persuadirdes muitos advertes ao bem-querer
Se enganares por demais, adendo que tenha a merecer
Tudo o que buscastes, obra-prima, fostes ao seu colher
Assim como tudo o que fizestes, fostes por merecer
 

Bruno Costa     
16/05/2012

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