quinta-feira, 25 de julho de 2013

Ex Aspectu Nascitur Amor


Ex Aspectu Nascitur Amor

O mundo todo gira
E a gente dança,
A vida leve mira
Num olhar de criança.

A gente brinca de esconder
Num mundo que não é nosso,
E eu busco paz para dizer
Palavras que nem posso.

Olhos que nem sei onde estão
Que gritam calados em meu coração,
Fere com flechas os dizeres
Se tudo se resume a paixão.

Sem ser assim o que mais será?
Pelo sagrado ato de se apaixonar.
Se vidas envolvidas podem retornar
E trazer à tona todo amor, mas sem amar?

O mistério não cabe na solidão
É preciso o amor compartilhar,
Em dias de glória é perdão
Façamos de tudo para reencontrar.

O infinito é o lar dos que amam
Pois amor assim renasce sem fim
E que quando acaba derramam
Toda luz necessária para florir o jardim...

Calaça Costa, Bruno
16\07\2013

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Coração-Alma

Coração-Alma

Meu coração dói e corrói chuva pelo vento,
Por fora parece bem, por dentro é lamento.
Cada sopro ante a manhã revive da fonte,
Completa-me distante, além do horizonte.

Quem sou eu senão um finito infinito?
Que de tanto brilho apagou ao anoitecer.
O que nos leva disso de tanto conflito?
Faz nem um pouco de mim e do meu ser.

É inquietante, Coração-Alma, não poder gritar,
Sentir apenas o instinto sufocante a pulsar.
Mesmo a alegria em tudo e nunca conseguir antever
E quando nada e tudo estão juntos, apenas viver...

Acalma Coração-Alma, mas vê se não deixa passar,
O tempo dura um momento quando vem a calhar.
E de tão intenso quanto o pequeno imenso do mar
Não pode nem se permitir vir a falhar.

Peço-te, Coração-Alma, calma quando a alma chora.
Não é por querer, no entanto, é no ser que implora.
Que a Alma sentida, intimida por um pouco de paz
Quando o Coração não vive mais por teus ideais...
  
Calaça Costa, Bruno
24/07/2013

terça-feira, 23 de julho de 2013

Heroína

Heroína


Heroína, que belo nome!
Tu que andas com a morte
E tiras a fome,
Tu és forte!
Esconde-se em veias,
Como uma aranha
Criando novas teias,
Será que você gosta?
De me matar...
Ou é só aposta?
Para se vingar...
Você faz parte
De toda uma arte.
Brilha para mim,
Mostra-me o fim...
Quando quero se esconde
E voa pra bem longe.
Mas, para onde? 

Calaça Costa, Bruno
??/09/2006

sexta-feira, 19 de julho de 2013

Moço

Moço

Eu sou moço desprotegido e preciso de proteção
Alguém aí tem lugar pra um PUTO POBRE PECADOR POETA morar?
Eu posso te contar histórias, e te fazer vivê-las...
E se não estiver contente invento mil maneiras.

Mas, confie em mim, eu não sou tão ruim
Ainda consigo disfarçar em frases sem fim...
Ousaria todo dia a te divertir
Porque rimar é mais fácil que mentir.

Tão bom quanto dois corpos que se encontram,
Que calor humano faz até novas vidas.
E disso todo mundo sabe,
Agora só precisamos reagir...

Então, onde está a moradia? O aconchego?
Também sou humano, ninguém viu?

Acho que não volta mais...


Bruno Corussey
??/??/08

quinta-feira, 18 de julho de 2013

Choro e Vela


Choro e Vela

Hoje o sol nasceu e sorriu, se pôs e dormiu
Tudo estava vazio, frio e sombrio
Eu, criança sem lar, passeando devagar
A olhar e vagar pelo espaço que nem sei se é meu

Choros e velas... É vida passageira, tudo passageiro
Passa entre detalhes mal percebidos e faz vulgar
Andam destemidos pela rua, mas é choro e vela
Repetição ausente onde tudo se faz: choro e vela.

Subi, andei, caminhei, por entre, por onde?
Fiz! O que quis, o que fiz, o que farei...
Não escondi, dormi e me esqueci de rir
Só me lembrei de gargalhar...

O sol voltou mais rápido que a luz
Ofuscou toda a verdade de mentirinha
E tratou logo de impor o óbvio
Era apenas noite.

E de noite ninguém sente, só dorme
Vai até além, vai pra lá, por ali, por onde?
Nem sabe se foi e quando volta não quer voltar
Mas a vida é num piscar de olhos...

E quando acaba...
Choro e vela.

Calaça Costa, Bruno
18/07/13

terça-feira, 16 de julho de 2013

Rosa Linda


Rosa Linda

A Rosa Linda mudou
E todo mundo parou
Para anunciar seu nome.

Um povo com fome
De coração nômade
Fez questão e anunciou.

Gritos, correria! É notícia.
Alguém se importou
Com Rosa Linda Fictícia?

Por acaso alguém lembrou:
- Rosa, Rosa Linda de quê?
- É gente que nem a gente? Calou!

- Deixa a Rosa em paz.
Ainda falou mero capataz.
E pouco a pouco sossegou...

Rosa Linda, mais bonita que outra.
Encanto, canto, entre tanto apaixonar...
- Mentiras. Disse quem blasfemou, outrora...

Porque a Rosa Linda não fala, mas sente dor.
Encanta, canta, entre tanta gente falsa.
E és apenas uma Flor...


Calaça Costa, Bruno
03\07\2013

sexta-feira, 12 de julho de 2013

Homem Moderno

Homem Moderno

O Homem Moderno faz de tudo pelo seu amor,
Mas se esquece do principal: Amar.

Calaça Costa, Bruno
11\07\2013

terça-feira, 2 de julho de 2013

Amor e Ódio


Amor e ódio

Quando tudo de bom
Morre dentro de mim,
Eu corro pra longe
Buscando outro horizonte...

Que há tempos se perdem
Por pensamentos,
Nulos pelo espaço.
Ainda há esperança?

Já não sei se me pertenço
Quero e preciso de alguém,
Que seja muito forte
Tão forte quanto eu.

Demorou e custou
E aprendi que pessoas
Não se podem ter,
Que todos são livres.

Logo o amor escravizar?
Tão justo e belo amor...
Quanta confusão em mim
E em todos ao meu redor.

Quanto custa viver?
E quanto custa um amor?
Se existe vida sem amor
Não existe nada...

E o que é essa dor
Que insiste em nos deixar triste?
Esse não é o amor
Que dizem que existe.

Por que vergonha do amor?
A palavra que tanto afeta
Para o bem e para o mal,
Se só no amor há resposta.

Mas, qual amor?
Qual tamanho, tipo, número e cor?

Calaça Costa, Bruno
24\12\2007