quarta-feira, 7 de junho de 2017

Na Calada da Noite


Na Calada da Noite

É na calada da noite que o poeta chora
Pelos seus amores não vividos
E os versos não compreendidos...

É na calada da noite que o poeta vai embora
Adentra a estrada suja da mente
E lembra toda sua vida descontente...

É na calada da noite que o poeta implora
Pede religare com tudo de mais sagrado
E sente triste o seu coração despedaçado...

É na calada da noite que o poeta se demora
Ora! Chora, vai embora e implora?
Sim! E demora até pra se trocar de hora.

Foge à sombra do seu pensamento,
Buscando a sacies desse desalento,
Território sagaz na busca que informem,

Porque nas noites de terça todos dormem.
O poeta não, ele prefere morrer!
E só volta pra depois escrever.

Enlouquece por não ser o clichê homem,
Pois onde estão os amores que consomem?
Na escrita, que exala o seu perfume de gala.

É assim que o poeta se cala à mão que fala,
Na calada noite que passou,
Tudo o que o dia lhe contou.

Calaça Costa, Bruno
07/06/2017 

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