sábado, 25 de abril de 2015

Versa-Vice

Versa-Vice

Outros tempos, outra história, de outras vidas,
Tempos estes que remetem àquelas já tidas.
Acertos e erros pouco importam deste lado
A ciência do sentir readquire o planejado.

De matéria densa, de carne, e sentimento ambivalente,
De poeira estelar e vento que vem toda essa gente
E que assim se transformam um a um, no qual,
Ainda que desigualmente, à mente desigual.

Mas o coração não para e ele quer falar
E só bem entende quando se reencontrar,
Pois que partidos foram para aqui se refiliar,
E, apenas, no doce sorriso-olhar pode-se notar.

Em você pude atinar, não por muito falar, assaz a dizer,
Ou vice-versa, de verso em verso, meu sobre-prazer.
Só quero respirar o seu corpo, torpor, topo do amor,
E contar as galáxias dos teus olhos, o meu primor.

Mesmo eu, forasteiro, nesse imenso lar azul de cativeiro,
Não quero nada, se em você tenho um mundo inteiro.

Calaça Costa, Bruno
25/04/2015

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