quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Relatório da Bola Azul

Relatório da Bola Azul

A dor é inevitável... E de sangue azul afável.
Nessa bola instável... E de choro insaciável.
O mundo não vai parar para escutar blasfêmias,
Pois que mal entendemos seus reais problemas.

Raciocínios e julgamentos na balança para cada episódio
Não há o bem e nem o mal, muito menos o amor e o ódio.
Povoamos o planeta inteiro de cidades vazias e artificiais
Dizimando criaturas inofensivas jurando amor aos animais.

Ferindo a todos os já feridos... Já disse é inevitável a dor.
Julgam ao léu inocentes e perdidos, semeando o criador.
Ninguém para, para pensar no outro seja lá o que aconteça
Enquanto não houver a mesma sentença para a sua cabeça.

E é nessa misteriosa bola azul, vagando em imensos mares siderais
Onde moram seres sem cor, inventando suas cores sobrenaturais,
Que toda coisa vira nome e todo homem vira dono do que “tem”,
Mas em nenhum momento se assumem depois de dizer: amém!

Calaça Costa, Bruno
12/02/2015

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