sábado, 27 de dezembro de 2014

Junta a Solidão e Liquidifica a Dor

Junta a Solidão e Liquidifica a Dor

Vamos juntar a nossa solidão e bater em um liquidificador
Adicionar duas doses de amizade e liquidificar toda a dor.
Sentaremos meio face a face escondendo todos os aparelhos
Olhando nos nossos olhos e de vergonha ficaremos vermelhos.

Boatos se espalharão e as mídias não vão poder omitir
Estampado na capa: Jovens para a vida voltam a sentir!
Uma viagem de volta, aonde todos de lá vieram, ao eterno lar
Planeta água chamado Terra de homens de guerra a se ludibriar..

A amizade não condensa, mas ela vira pode virar pó
E neste mundo cheio de gente, todo mundo está só.
A picaretagem está aí por toda a parte e a solidão assola
Quem tem coragem ainda faz arte, mas é taxado da cachola...

Não é o otimista que ganha ou o pessimista que perde
E sim o controle de poucos sobre muitos o que impede.
A força ou a união não está em mim, ou, muito menos, em você
Ela existe em todos, ao mesmo tempo, pena, que voltamos a esquecer!


Calaça Costa, Bruno
27/12/2014

domingo, 21 de dezembro de 2014

A Amizade Por Ela Mesmo

A Amizade Por Ela Mesmo

Qual amigo incentiva, apoia, defende, aceita ou perdoa? A maioria, que não poderia bem ser chamado "amigo", apenas magoa, critica, humilha, esquece e, principalmente, julga.
Entretanto, muito antes do que avaliar e exigir perfeições existe sim pessoas que faltam com alguns destes itens e podem ser colegas, afins, conhecidos, etc.. Mas a Amizade mesmo é algo bem de família, quase que de berço, muito mais espiritual do que material ou científico e anda juntinho com o Amor. Impossível não falar de amor quando se diz sobre amizade. Amor e Amizade são joias raras e muito mais do que apenas ter como propriedade "material" é necessário sentir e deixar fluir para se tornar verdadeiro. E quando esse sentimento não existe? Será como ter a posse de um carro ou uma fazenda? Amizade ou amor só existe se somente para si? Creio que não. Na vida terrena há uma troca constante de Amizade e Amor, não uma necessidade banal. Se alguém te faz bem ao mesmo tempo em que você também faz a essa pessoa, assim se torna algo verdadeiro e honesto, do contrário, o melhor a fazer é ser honesto consigo mesmo e continuar a procura dessas duas joias raras em outro lugar. Amizade e Amor são tão preciosos e raros do que qualquer outra pedra preciosa ou qualquer ser humano individual, pois que um ser humano muito se faz apenas a partir do outro. Portanto, Amizade ou Amor não se pode ter como posse de pertencer a apenas um, mas se pode sentir ao âmago do ser entre ambos os envolvidos. Amizade, assim como o amor, não é um... É infinito...

Calaça Costa, Bruno
19/12/2014

terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Fim, Meio e Início

Fim, Meio e Início

Dezembro trouxe a chuva
A chuva nos deu esperança
A esperança causou ilusão
E a ilusão gerou conforto!

Julho é o sangue da uva
A uva infortuna lembrança
A lembrança quer ascensão
E ascensionar é absorto!

Janeiro recomeça da bruma
A bruma cobra mudança
A mudança tem decisão
Viver vivo ou viver morto!

Calaça Costa, Bruno
02/12/2014

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Professor ex-educação

Professor ex-educação

Há, neste mundo, dois tipos de professores: aqueles que tentam acabar com os nossos sonhos e aqueles que tornam os nossos sonhos realidade.

Calaça Costa, Bruno
15/09/2014

quinta-feira, 22 de maio de 2014

Adultecer

Adultecer

Adultecer...

Quase tão claro quanto amanhecer
Porém, tão escuro quanto antes
Lembrado por instantes
De um nascer, que logo se fez conhecer.

Adultecer...

Morro e nasço
Numa mesma vida.
Carrego na face o mesmo traço
Um pouco mais acometida.

Adultecer...

E quanto mais cresço,
Mais ao mundo apareço
E de mim...
Desapareço!

Calaça Costa, Bruno
22/05/2014

terça-feira, 8 de abril de 2014

Nosso Lar

Nosso Lar

Olha a ti mesmo no espelho da alma e reflete tua consciência, impossível embarcar leveza com tanto peso em si.
Quando o inverno acabar sai correndo para o verão em meio às multidões, pois podem até trucidar o teu coração, mas não deixe que transformem esse ouro nobre em ilusão.
Faz do teu corpo companheiro honorário e temporário. Ele é o seu verdadeiro lar, porém um dia acaba e se reduz a pó, todavia vai ditar a sua semeadura. Então, colhe bons frutos dessa rotina e envolve bons lares por onde passar, pois que o retorno é eminente e constante se fará.
O auxílio, eterno tutor, partirá primeiramente de você mesmo e consequente por outro lar, que outrora cultivastes ou não.
Ama humildemente a ti mesmo e cultiva a transparência desapegada.
Humildade e Caridade, estas são as chaves da porta da Casa de Deus.

Calaça Costa, Bruno
Por influência amiga.

??/04/2014

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Certas Coisas

Certas Coisas
 
Certas coisas me confundem
Certas coisas me deprimem
Certas coisas me iludem
Certas coisas me oprimem

Porém, são apenas certas coisas...

Certas coisas me animam
Certas coisas me contentam
Certas coisas me aproximam
Certas coisas me acalentam

Entretanto, são apenas certas coisas...

 
Calaça Costa, Bruno
10/01/2013

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Palavras São Para os Homens o Que os Homens São Para as Palavras

Palavras São Para os Homens o Que os Homens São Para as Palavras
 
Algumas vezes duvido do que escrevo, não por ser bom, nem menos por ser ruim, mas ao reler compreendo algo diferente que não havia percebido antes. E existem tantos outros caminhos naquilo, que a princípio, era apenas para ser um único caminho, mas que de uma simples vírgula percebo os vários sentidos que podem ocasionar e que de simples frases percebo o quão grande poderia se tornar um livro, despedaçando-as.

Nesse sentido, podemos equiparar os seres humanos, com sua eterna complexidade, majestade e burraticidade (Sim! Por que não brincar com minhas amigas?) às palavras. O ser humano, um homem, uma mulher, tanto faz, um ser, um ano, uma pessoa só, apenas um caminho? Pelo menos parece, mas não o é.

Podemos dividi-lo em várias partes físicas, psicológicas, espirituais, etc., etc., além do mais, impossível se faz compreender o tudo sem antes analisar suas partes e, senão, antes ainda, o todo do qual o tudo faz parte.

Minuciosamente estudamos cada detalhe, partimos do pressuposto de que só o que pode ser comprovado cientificamente existe, mas o que pode realmente ser comprovado cientificamente? Não seria apenas mera ilusão aos olhos de quem quer enxergar?

Somos como palavras, só será feito sentido se vivenciarmos com tudo o que temos de melhor, se cada parte que nos compõe vibrarem ao entendimento e empatia, mas devemos ter sempre em mente os vários constituídos que simplesmente podem significar, pois que onde tem muito há pouco e onde tem pouco há muito.

Por tudo dito, resumo a breve frase de outrem, nada mais, nada menos, que Friedrich Nietzsche: “Torna-te quem tu és”.

 
Calaça Costa, Bruno
09/01/2014

sábado, 4 de janeiro de 2014

Que Passa?

Que passa?

Ai de mim se não fosse eu mesmo
E de quem seria de mim.
Como se o tudo fosse o nada
Mas por nada esse seria o tudo.
Divago, sem lar e rotina
Tem sido assim a mina minha vida.
Olhando os olhos daquela menina
Misturados à pele, pelos e bebida.
Sim! Ai de mim que não sei nadar
Nem a favor, muito menos contra, à correnteza.
Se dos teus olhares, por machucares a tu,
Nos doces espinhos da mãe natureza.
Tolice não retribuir o amor de quem me deu
Portanto, faço uma sinfonia daquilo que era meu
E no doce alvorecer destruo minha beleza
Perdida, novamente, eternamente, ferozmente
Em pele, pelos e “minha querida”...

Calaça Costa, Bruno

04/01/2014

sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Comoção

Comoção

É bom saber de emoções
Difícil é vivê-las ou saber senti-las
Emoção, corrosão corrosiva.
Quando a gente tem mais e ainda assim
Quer mais...
Pedir por desejos inconscientes
Quente, é fogo ser o que pensa.
Como o poema que conversa consigo mesmo
Ah! Docinho, vem aqui vem?
Emoção, corrói, dói né, aspas?
Perdido, pernas, peitos, dor...
Sangue quente, também dói na gente, aspas não.
Ardido bom que pensa mais do que tudo
Mas e se acabar? Fica tudo entre parênteses ou parentes.
Vá, fique ali (pertinho do coração) pra curiar.
Mas não fica muito tempo não
Toda vez muda, vai a outro lugar
E mesmo assim me perturba
Faz doer em outro canto
Porque o meu canto é um canto sem dor.

Calaça Costa, Bruno

03/01/2014