Reinventar
Sim!
Eu andava comigo em desacordo
E como
que num rebate, revivi, me revi.
Reinventando
todos os dias ao acordar,
Inspirando-me
e respirando-me, profundamente.
Estava
aqui dentro alguém que, por vezes, fugia de si
Sem
respostas ao certo, se por rotina ou simples solidão.
Já não
me importa mais o motivo certo.
Eu
ganhei um gato preto e uma flor amarela do Universo,
Me
embriaguei de tanta saudades só para poder enxergar.
Me toquei
por prazer, mas também chorei da minha própria dor
Busquei-me
de todas as formas, sem temer mal algum.
Fui
indo e fluindo, por todos os lados, num gozo de mim mesmo
Não a
um ponto narcísico, pois não estava me afogando
Do
contrário, era apenas como um intenso mergulho
Assim,
também perdi muitas coisas e foi difícil de aceitar
Pois
nesse reencontro é inevitável de se aprender.
As
respostas elas são simples, mas só quando também somos,
Inexplicável
se dizer por uma vida, pois que somos milenares.
Mas,
afinal, quem somos? Quem eu sou?
Se não
todos os dias esse invento de se reinventar?
Mutável
e inconstante infinito.
“Eu sou”
seria impossível de definir-me tão bem quanto apenas “eu estou”.
Calaça
Costa, Bruno
16/10/2017
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