Versa-Vice
Outros tempos, outra
história, de outras vidas,
Tempos estes que
remetem àquelas já tidas.
Acertos e erros pouco
importam deste lado
A ciência do sentir readquire
o planejado.
De matéria densa, de carne,
e sentimento ambivalente,
De poeira estelar e
vento que vem toda essa gente
E que assim se
transformam um a um, no qual,
Ainda que
desigualmente, à mente desigual.
Mas o coração não
para e ele quer falar
E só bem entende quando
se reencontrar,
Pois que partidos
foram para aqui se refiliar,
E, apenas, no doce
sorriso-olhar pode-se notar.
Em você pude atinar, não
por muito falar, assaz a dizer,
Ou vice-versa, de
verso em verso, meu sobre-prazer.
Só quero respirar o
seu corpo, torpor, topo do amor,
E contar as galáxias
dos teus olhos, o meu primor.
Mesmo eu, forasteiro,
nesse imenso lar azul de cativeiro,
Não quero nada, se em
você tenho um mundo inteiro.
Calaça Costa, Bruno
25/04/2015