quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Luz Veloz Mente


Luz Veloz Mente

A nova semente brotou
Junto de quem nem se importou.
Uma geração inteira perdida
Vendida, colada, coagida.

Quem vai pagar as contas?
E quem vai pagar o pato?
Todos sumiram do faz de conta
Na hora de lavar os pratos.

Mas o sol nasce de novo
E o novo sempre vem.
Sempre com estorvo
Qual seja a direção do trem.

Trem esse que foi sem fumaça
E partiu ao longe sem sinal.
Levou embora toda a graça
Deixando uma vida digital?

Abastecida por pensamento, lindo!
Iludida pelo sentimento, feio!
Comoveu o seu talento, findo!
E não venceu o sofrimento, receio!

Vou logo embora que vem chegando a hora.
Feche as cortinas para mim, que o trem já vai partir.
Que a viagem assola com o tempo que demora,
Quando essas rotinas não nos permitem nem sorrir.


Calaça Costa, Bruno

04\09\2013