sábado, 27 de agosto de 2011

A Rosa e o Sapo

A Rosa e o Sapo

Havia sentido em suas palavras
E o pior previsto aconteceu
Entendeu tudo o que foi dito
E fez de conta que não entendeu... 

A solidão batia em sua porta
E vinha sempre ao seu encontro.
Mas, aquela rosa já estava quase morta, e isso não importa!

Fazia sentido o que ele dizia?
Sem contar as noites em branco.
O dia consertava o que a noite fazia...
Na verdade era o sapo o mais franco.

E a dor sumia quando a rosa sorria
E de dia se fazia sentida
Por poder completar a sua vida.

Ele diria mil coisas congruentes 
Mas, será que tu as entendes?
O pobre sapo era sim valente
Porém, a covardia do dia mostrava a sua dor.

O feio com o belo, agora junto.
Estava o sapo feio ali de luto...
Pelo mundo que viviam, uma contradição.

O pior de tudo é não ser e ser:
Cego, surdo e mudo.
Finaliza o sapo:
- Croac! Um absurdo!

Bruno Costa
12/08/2008

Nenhum comentário:

Postar um comentário