A Rosa e o Sapo
Havia sentido em suas palavras
E o pior previsto aconteceu
Entendeu tudo o que foi dito
E fez de conta que não entendeu...
A solidão batia em sua porta
E vinha sempre ao seu encontro.
Mas, aquela rosa já estava quase morta, e isso não importa!
Fazia sentido o que ele dizia?
Sem contar as noites em branco.
O dia consertava o que a noite fazia...
Na verdade era o sapo o mais franco.
E a dor sumia quando a rosa sorria
E de dia se fazia sentida
Por poder completar a sua vida.
Ele diria mil coisas congruentes
Mas, será que tu as entendes?
O pobre sapo era sim valente
Porém, a covardia do dia mostrava a sua dor.
O feio com o belo, agora junto.
Estava o sapo feio ali de luto...
Pelo mundo que viviam, uma contradição.
O pior de tudo é não ser e ser:
Cego, surdo e mudo.
Finaliza o sapo:
- Croac! Um absurdo!
Bruno Costa
12/08/2008