sexta-feira, 28 de setembro de 2018

O Poema que deixou um ADeus

O Poema que deixou um ADeus

Poema todo dia
Poema toda hora
O poema não nasce
Ele vem e aflora

Poema toda hora
Poema todo dia
O poema só morre
Se tiver pouca melodia

Só não me meto a poeta
Porque os que já foram estão em paz
E os que vêm já não são mais

O poema pode ser meu
O poema pode ser teu
Só não pode ser de quem não entendeu
E por muito pouco só deixou um: ADeus!

Calaça, Costa Bruno
13/09/2018

quinta-feira, 13 de setembro de 2018

Divagar

Divagar

São apenas pensamentos que divagam devagar
São apenas sentimentos que pensam o penar
Eu vou embalar meu coração num presente
Com a lembrança mais bonita da gente
Injetar entre tuas veias nas correntezas
Desse mar que corre tuas incertezas
Que é pra poder tirar tua insegurança
Beijar teus lábios cheios de esperança
Deitar-te aqui dentro do meu peito
Pra deixar tudo leve e tão perfeito
Mas são apenas sentimentos pra te entregar
Que com o tempo divagam devagar

Calaça Costa, Bruno
25/11/2016

quinta-feira, 23 de agosto de 2018

Oxitocina

Oxitocina

Pela manhã o vento leve tem cheiro de vida
Que escoa sonhos e desejos,
Abruptamente acordo ao gole de mim,
Desperto pelo outro: bom dia!

Mais uma aventurança,
Quem sabe o que pode ser?
Talvez dure por apenas alguns anos
Ou quem sabe a eternidade de um segundo.

Viver e se reencarnar todos os dias,
Tamanha motivação!
De quando em quando são olhos que se apaixonam
Vistos, plenamente, pela alma.

Corpos que muitas vezes estilhaçados,
Em que apenas a essência pode se enxergar.
Rompe a barreira das feridas,
Objetivamente jorrando pelo corpo oxitocina.

Se subjetivo, o maior sentimento já descrito
E humanamente sentindo pelo espírito,
Para o qual todos só precisam de um pouco
De afeto, de amor...

Calaça Costa, Bruno
22/08/2018

quarta-feira, 8 de agosto de 2018

Passero



Passero

E se pudéssemos voltar no tempo
Por ao menos um momento,
Você estaria sorrindo mais uma vez?

O meu papel era o de ser forte
E eu não podia sequer chorar
Mesmo com os ombros doloridos.

Eu não sei quando aconteceu
É sempre tudo muito rápido
Em milésimos de segundos.

Eu sinto muito, alegria e tristeza
Está tudo guardado aqui dentro
Na experiência que faz lembrar.

Não, eu não quero voltar lá atrás
Não, também não quero ir adiante
Eu só quero o que tenho agora.

Mesmo nessas idas e vindas
Do meu ser e das lembranças
Eu tento me manter presente.

Mesmo o passado sendo parte de mim
E minhas projeções futuras bem vivas
Esse é o meu presente, maior presente.

Mesmo que a mente infernize o paraíso
E o coração desintegre-se em meu ser
Eu, ao meio, observo e busco reintegrar

Calaça Costa, Bruno
19/11/2017
08/08/2018

segunda-feira, 26 de março de 2018

Viridi Lunari


Viridi Lunari

Encanta a coragem para mudar o mundo
Queria dar-te asas de liberdade para voar   
Diante de que naveguei por olhos de flechas

A sua pele de lua brilha ao tocar do sol
Desaterra meu ser de encontro ao teu
Senti estrelas e quase pude dimensionar

Foi um sopro de vida, benzimento e paz
Na minha essência confusa que acautelou
A água mãe também tratou algumas feridas

Deu tudo certo à maneira do Universo
Pois dois poucas vezes se fazem um
Tenho com carinho e zelo essa energia

Calaça Costa, Bruno
26/06/2017