sábado, 20 de junho de 2015

Meu Pai


Meu pai,

Muito obrigado por tudo o que me fizestes, criou-me da maneira que todo homem deveria criar um filho... Até os meus dez, década relevante e de todo amor possível, ficará marcado em minhas memórias, além do perispírito, tamanho amor e... Incrível amor.
Eu nunca vi tanto amor em um homem só... Tanto amor que seria tamanho desperdício dá-lo para uma pessoa apenas, pois que o coração não aguenta. Família, Amigos, Mulheres... Nenhum deles foi suficiente dar esse incrível, invencível, tamanho, amor... Não há aqui, na Bola Azul, coração que suporte, e assim ele reclamou e te levou...

Aos quatorze ou quinze tive que voltar, como esse bebê nesta foto, ao seu colo, para reconhecer de volta nesse colo que somente um pai, além da mãe, pode nos dar. E reconheci novamente aquele incrível amor, a minha origem terrena certa, é inexplicável fazer-se compreendido daqui.
Ainda pude sentir e perceber que tudo o que era para você também me fazia parte, o ser indivisível, consequentemente carrego a sua forma de amor.

Depois de tal “re-reconhecimento”, tive de voltar à cidade seca, porém brilhante. Entretanto, jamais esqueci ou esquecerei-me da sua presença, a sua conversa, o seu jeito bom de fazer as coisas: comidas, conversas, broncas, conselhos, atitudes, histórias...

Eu, prepotente, pensei que, por ser espírita ou, independente, acreditar em algo mais além dessa matéria fervorosa, não imaginei que sentiria dor pela perda de alguém próximo, mas reconheço minha infâmia, nunca imaginei dor capaz e sem localização certa para curá-la de uma vez...

Mas pai, tudo o que guardo é o melhor possível, sinto-me lisonjeado e orgulhoso de ter tido, nesta vida, um pai assim, que tanto me ensinastes, e colabora com a minha aprendizagem nesse requinte azul.

Não tivemos a oportunidade de beber aquela cervejinha que tanto sonhamos, d’eu te mostrar o que me tornei em onze anos que estivemos ausentes fisicamente, mas pudemos ter boas conversas através do tal mundo virtual, este que venho declarar-me inutilmente, mas valiosamente com o pensamento na sua energia que agora és mais do que nunca aquela energia de amor inexplicável, que eu sei bem qual é, pois que sou parte sua mais do que nunca agora e para sempre!

Fique bem e preserve a prece, aquela simples conversa que sempre teve com todos a sua volta, pois que a meu ver, se faz prece por você simplesmente ser!

Sempre te amarei, pai, meu eterno herói!

Bruno Calaça Costa
19/06/2015