terça-feira, 27 de novembro de 2012

O Silêncio e a Solidão

O silêncio e a solidão 

Quando o silêncio e a solidão se encontram
Tudo parece finalmente se acalmar
E os gritos mais sombrios eu posso escutar.
Vejo o tempo passando devagar
Por dentre as estrelas a nos observar. 

Quando o silêncio da solidão vier 
Eu vou buscar lembrança qualquer 
E delas vou viver até tudo passar. 
A solidão vai embora devagar 
Bem diferente de quando veio me buscar. 

Quando o silêncio da solidão vir me ferir 
Deixando-me confuso e em perigo 
Dele farei meu amigo para sorrir. 
Acolhendo a solidão em meu abrigo 
Como a única que pode me ouvir. 

Quando o silêncio da solidão se cansar 
E for embora para o seu lar 
Com quem ficarei para conversar? 
Se ela que me entendia 
E todo dia vinha me visitar. 


Bruno Calaça Costa 
30/04/2008

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Por um Triz

Por Um Triz

O meu coração veio bater
Depois de um ano e meio
E me fez entender, mais uma vez,
O porquê do amor.

Coragem para quem sabe amar
E mais ainda para quem sabe perdoar.
O mundo passou a ser meu
Quando aprendi a amar.

Ilusão ruim pensar nunca ter fim
Quando tudo está inesquecível
E que nada pode nos abalar
Mas, o tempo passa...

E sempre deixa uma cicatriz
Feliz ou infeliz
Que marca toda uma vida
Apenas por um triz.

Sim, apenas por um triz,
Fiz até o que não quis,
Feito cena de atriz,
Meti o meu nariz,

E fui feliz... 



Bruno Calaça Costa
??/??/07

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Senhora do Destino

Senhora do Destino 

Uma senhora anda na rua.
Porém, do que está a procura?
Passos lentos, um pouco insegura
Numa noite fria e obscura.

Assustada com qualquer barulho.
O que lhe traz esse infortúnio?
Serão marginais sem abrigo?
Ou encontro com um inimigo?

Estará atrás de seu filho?
Ou será filha velha fugindo?
O que te trás esta falta de paz?
Se tantos nem a querem mais.

Vivendo em completo absurdo
Criado pelos filhos do mundo.
Onde essa hora tudo é imundo
E esperar pouco é esperar muito!

Essa senhora sem destino sumiu
Seria um anjo que se omitiu?
Assim eu a vi e quando passou,
Saudades sem fim de quem a levou...

Bruno Calaça Costa 
08/05/08

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Vinte e Quatro

Vinte e Quatro 

Quando a dor torna-se real
Ah! Meros devaneios... Não!
Dói até a solidão.
Alguém falou como tinha que ser?
Eu apenas fui...

Preciso de ajuda,
A tristeza já não está mais de brincadeira
E o profeta se foi...
Assim como eu, ele se perdeu?

Isso prova o meu egoísmo
Tanta coisa pior e eu aqui.
Só que aqui de baixo é complicado enxergar...

Vejo linhas, que são linhas de anzóis,
Que me buscam dentre os sóis.

Mas continuo vagamente sendo eu...



Bruno Calaça Costa
01/11/2012