Eu não sei o que fazer para te ter perto de mim
Passa a noite,
passa o dia e eu ainda não te vi
Na lembrança
um silêncio que fica tão ruim
Diz-me o que
fazer para te ter perto de mim?
Amadureci e
quase me perdi
Sonso
desaparecimento...
Tonto embriagamento...
Por talento
consegui e esqueci.
Vem para
perto, eu já posso explicar
Agora estou
certo que aprendi a amar
Tive muito
que perder para poder ganhar
O que pude
entender fiz questão de ensinar...
E não me ensinaram
não, nem fizeram questão
Escreveram na
mão os caminhos da perdição
Guardados no
escrivão foram muito em vão
Porém, calado,
aprendi com o meu coração...
Sim, estou
cansado, sofri em meio à multidão
Fiquei
isolado, desamparado na escuridão
Frente ao
mal, mal tratado pela solidão
Enfim, senti
medo, medo de mim mesmo...
O que é
melhor pra você pode não ser para mim
E o único
erro a ser acometido é não ir até o fim.
Busco assim,
aqui feita, a sua estrada de jasmim
Que eu estou
aprendendo a andar no seu jardim...
Rabisco o sol
em um caderno deserto
E invento o
mundo um tanto incerto.
Troco ofensas
com toda essa desavença
E trago na bagagem
uma nova crença.
Amar, não, não
é em vão
Amor nunca foi
em vão
Para que
tanta ilusão?
Para que
tanta confusão?
Se sabemos
que no fundo, no fundo
No mais íntimo
profano e profundo
Existe alguém
que declama
Prontinho para
dizer que lhe ama!
Seja ou não
seja ilusão...
Seja ou não
seja razão...
Seja ou não
seja útil...
Seja ou não seja fútil...
Bruno
Costa
14/12/2006
a 13/09/2011