sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Asa Quebrada

Há algo frio
Que me ocupa
Um lugar vazio
Eu não entendo

Algo me toca
Como o vento
E eu tenho medo
Mas, não entendo

Se um dia valer
Mais que o outro
Eu vou correr
Ao seu encontro

Será que vai mudar
O meu sentido
Ilusão pra sonhar
Eu não entendo

O sol se pôr
Isso eu já sei
Mas, pra onde for
Eu não entenderei

Se ao menos me tocar
E fechar os olhos
Você pode enxergar
O que ainda não entendo 

Brunno Costa
23/05/07

terça-feira, 20 de setembro de 2011

N'alma


N’alma

Dentro de cada um de nós existe algo chamado por alma
Onde vários filmes e historias estão guardados.

Em todos existe algo fora de si
Descomunal por ser somente aos olhos humanos
O roteiro enigmático de pecadores a salvadores
De monges a bêbados, de vaidosos a humildes.

Pontos culminantes se encontram e sempre se reencontram
E lá no fundo, n’alma, podemos sentir essa conexão
É impossível afirmar a sua essência verdadeira
Sem concentrar-se á si mesmo e buscar o que está cravado.

Nada é em vão, gata gota d’água tem uma explicação
Refresca todo um planeta, assim como a alma a razão
Um labirinto a ser decifrado na pós-vida
Ou por que não na própria vida?

O verdadeiro sábio conhece a sua existência
E dela entende o verdadeiro valor
Pois do que seria o homem sem uma alma?
A única conexão do homem ao Criador.

Pois nela está a verdadeira prova de bondade e sabedoria
De chance e arrependimento, de vontade de lutar e mudar
N’alma contém o melhor ingrediente, um pedaço,
Um pedaçinho, uma gota d’água do amor de Deus.


Bruno Costa
27/11/2010

Obrigado Deus por essa mínima reflexão ao seu respeito.

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Alguém Está Rindo lá de Cima


Eu não sei o que fazer para te ter perto de mim
Passa a noite, passa o dia e eu ainda não te vi
Na lembrança um silêncio que fica tão ruim
Diz-me o que fazer para te ter perto de mim?

Amadureci e quase me perdi
Sonso desaparecimento...
Tonto embriagamento...
Por talento consegui e esqueci.

Vem para perto, eu já posso explicar
Agora estou certo que aprendi a amar
Tive muito que perder para poder ganhar
O que pude entender fiz questão de ensinar...

E não me ensinaram não, nem fizeram questão
Escreveram na mão os caminhos da perdição
Guardados no escrivão foram muito em vão
Porém, calado, aprendi com o meu coração...

Sim, estou cansado, sofri em meio à multidão
Fiquei isolado, desamparado na escuridão
Frente ao mal, mal tratado pela solidão
Enfim, senti medo, medo de mim mesmo...

O que é melhor pra você pode não ser para mim
E o único erro a ser acometido é não ir até o fim.
Busco assim, aqui feita, a sua estrada de jasmim
Que eu estou aprendendo a andar no seu jardim...

Rabisco o sol em um caderno deserto
E invento o mundo um tanto incerto.
Troco ofensas com toda essa desavença  
E trago na bagagem uma nova crença.

Amar, não, não é em vão
Amor nunca foi em vão
Para que tanta ilusão?
Para que tanta confusão?

Se sabemos que no fundo, no fundo
No mais íntimo profano e profundo
Existe alguém que declama
Prontinho para dizer que lhe ama!

Seja ou não seja ilusão...
Seja ou não seja razão...
Seja ou não seja útil...
Seja ou não seja fútil...


Bruno Costa
14/12/2006 a 13/09/2011